José Mario Pires Azanha - Democratização do ensino: vicissitudes da ideia no ensino paulista

Nesse encontro do Curso Online para Diretor de Escola de SP, apresentamos o texto de José Mario Pires Azanha "Democratização do ensino: vicissitudes da ideia no ensino paulista". Nesse texto, o autor reflete sobre algumas ideias sobre o que seria a democratização no ensino a partir de três casos existentes na educação paulista.

Materiais Complementares:

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Tempo Total: 30:42.

1 - (VUNESP: Prefeitura de Poá - Educação Infantil (Pedagogia) De acordo com Azanha (2006), é correto afirmar que:

a) autonomia da escola ganha importância quando se limita a uma maior liberdade dos professores em relação ao regimento escolar.
b) tema da autonomia, desde o Manifesto dos pioneiros da educação nova, tem recebido bastante atenção nas discussões acerca da gestão democrática.
c) autonomia da escola, numa sociedade democrática, é, sobretudo, a possibilidade de ter uma compreensão própria das metas da tarefa educativa numa democracia.
d) unidade escolar, no exercício de sua autonomia, ao elaborar e executar seu próprio projeto pedagógico, elimina divergências e práticas escolares frustradoras.
e) autonomia da escola significa a existência de um regime próprio, o que, por si só, garante maior liberdade de professores e diretores.

2 – (VUNESP - Prefeitura de Suzano - Professor de Educação Básica (Pedagogia). Em seu texto Proposta Pedagógica e Autonomia da Escola, Azanha (2006) faz originais reflexões sobre esse tema, algumas delas na contramão do que algumas políticas públicas vêm realizando em matéria de aperfeiçoamento docente.
Entre outras ideias, o autor afirma que:

a) é preciso insistir e aprofundar a retórica sobre o trabalho participativo junto às comunidades escolares.
b) a melhor concepção do trabalho docente, a qual deve orientar os cursos de licenciatura, é a do professor preceptor.
c) professores e escolas são prestadores de serviço de ensino a quem se pode determinar o cumprimento de projetos centralizados.
d) o professor individual que ensina e o aluno individual que aprende são ficções, seres imaginários.
e) o aperfeiçoamento do pessoal docente deve ser realizado por meio de cursos ministrados por especialistas em prática docente.

3 - (VUNESP: Prefeitura de Suzano - Professor de Educação Básica (Pedagogia). A LDBEN n o 9.394/96 estabelece que a Escola tem como incumbência primordial a elaboração e execução de sua proposta pedagógica (art. 12, inciso I), o que constitui tarefa coletiva, a qual deve contar com a participação de todos os envolvidos (artigos 13, inciso I e 14 incisos I e II). Essa tarefa tem implicações para a autonomia escolar. Dessa perspectiva, de acordo com Azanha (2006),

a) é suficiente que o professor ensine bem sua disciplina, ainda que ignore o alcance social da escola para além dos conteúdos específicos.
b) é preciso realizar um tratamento padronizado em relação ao conjunto das escolas para combater sua desigualdade social e diversidade cultural
c) a autonomia precisa estar vinculada aos princípios éticos da tarefa educativa o que assegura uma ação docente com responsabilidade ética
d) o aperfeiçoamento docente é necessário devendo ser oferecido por especialistas que propõem modelos a serem reproduzidos pelos professores
e) a melhoria da função e da formação docente precisa ser desenvolvida à semelhança da figura e do papel do preceptor no ensino.

4 – (FCC: Supervisor de Ensino). Ao examinar alguns esforços de democratização do ensino em São Paulo, direcionados à ampliação das oportunidades educativas e à prática pedagógica, José Mário Pires Azanha afirma que:
I. as posições e divergências se revelam nos esforços de realização histórica do ideal de uma educação democrática.
II. as propostas e debates sobre educação democrática revelam que as controvérsias ideológicas se concentram no significado desse ideal.
III. a extensão das oportunidades educacionais é, sobretudo, uma medida política que toma a educação como variável social.
IV. a democratização da educação é um processo exterior à escola, que toma a educação como uma simples variável pedagógica.
V. a qualidade de ensino é uma questão meramente pedagógica, podendo ser aferida apenas numa perspectiva técnica.
As afirmativas coerentes com as ideias do Prof. Azanha são, APENAS:

a) I, II e III
b) I e III
c) II, III e IV
d) III e IV
e) IV e V

5 - Ao tecer algumas considerações acerca das entidades “escola pública de trinta anos atrás” e “escola pública de hoje”, Azanha defende o ponto de vista de que:
a) essas duas entidades são, na verdade, uma mesma instituição, que antes cumpria bem suas funções e agora não.
b) a “escola pública de hoje” enfrenta as mesmas condições sociais e problemas que a “escola pública de trinta anos atrás” enfrentava.
c) a “escola pública de ontem” cumpria satisfatoriamente as mesmas funções sociais que a “escola pública de hoje” não cumpre.
d) a instituição escolar de hoje é diferente da instituição escolar de ontem, mudou a clientela, mudaram as práticas educativas etc.
e) a “escola pública de hoje”, como um organismo vivo, está deteriorada em relação à instituição escolar de ontem.

6 – VUNESP: SEE - Assistente de Diretor de Escola (pedagogia). Segundo o pensamento do professor Azanha (1993), a democracia interna e a autonomia da escola são condições necessárias para que ela
a) reproduza procedimentos a partir de diretrizes, normas ou critérios administrativos.
b) abandone sua tarefa de captar valores e sentimentos de uma época.
c) reproduza o espaço e a conveniência da participação comunitária.
d) assuma o papel de produção de conhecimento e criatividade.
e) assuma a tarefa de defender e adotar a uniformidade pedagógica.

7 - FCC: Secretaria de Estado da Educação e do Desporto Supervisor de Ensino (pedagogia). Ao examinar alguns esforços de democratização do ensino em São Paulo, direcionados à ampliação das oportunidades educativas e à prática pedagógica, José Mário Pires Azanha afirma que:
I. as posições e divergências se revelam nos esforços de realização histórica do ideal de uma educação democrática.
II. as propostas e debates sobre educação democrática revelam que as controvérsias
III. a extensão das oportunidades educacionais é, sobretudo, uma medida política que toma a educação como variável social.
IV. a democratização da educação é um processo exterior à escola, que toma a educação como uma simples variável pedagógica.
V. a qualidade de ensino é uma questão meramente pedagógica, podendo ser aferida apenas numa perspectiva técnica.
As afirmativas coerentes com as ideias do Prof. Azanha são, APENAS:

a) I, II e III
b) I e III
c) II, III e IV
d) III e IV
e) IV e V

8 - Os ciclos organizam o tempo escolar de acordo com as fases de crescimento do ser humano. Eles podem ser divididos em etapas referentes à primeira infância (3 a 6 anos), à infância (7 a 9 anos), à pré-adolescência (10 e 11 anos) e à adolescência (12 a 14 anos). Ou ainda em ciclos de dois ou quatro anos. Em 1968, o Estado de São Paulo realizou a primeira experiência no Brasil, com José Mário Pires Azanha como diretor do Departamento de Educação da Secretaria Estadual. A proposta, abandonada ainda no período da ditadura militar, foi retomada nas escolas estaduais paulistas e mineiras em 1984. O município de São Paulo implantou o sistema em 1988. Desde então, oferece aos professores e coordenadores de ensino diversos cursos e programas cujos principais eixos são o letramento e a alfabetização, a organização da escola em ciclos e a avaliação.
Em relação ao ensino organizado por ciclos, decorrente da aprovação da LDBEN 9.394/1996 e da divulgação dos PCN, leia as afirmativas a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas.
( ) Os ciclos não atendem ao pressuposto de que toda política educacional deve cumprir a sua finalidade de garantir o acesso, a permanência e a conclusão de estudos no tempo em que foi idealizada.
( ) A política pública de organização do ensino em ciclos vem colaborando muito com as redefinições pedagógicas nos estados e municípios.
( ) Os ciclos compreendem períodos de escolarização que correspondem a períodos letivos anuais, e são organizados em forma de disciplinas.
( ) Na organização por ciclos, é possível perceber uma maior preocupação com a aprendizagem dos alunos e a efetivação do projeto político pedagógico,
Agora, marque a sequência correta:

a) V, F, V, F.
b) F, V, F, V.
c) F, V, V, F.
d) F, V, V, V.
e) V, F, F, F

9 – VUNESP: Prefeitura de Poá – Professor Adjunto de Ensino Fundamental. De acordo com Azanha (2006), é correto afirmar que:

a) a escola pública faz parte de uma rede de ensino e está sujeita à interferência de órgãos externos e, por isso, não pode ser responsabilizada pelo fracasso de seus alunos.
b) os cursos de licenciatura precisam restringir-se a conscientizar os futuros professores de que o trabalho docente consiste em ensinar alguma coisa para alguém.
c) o êxito na tarefa docente é garantido mediante a aprendizagem de noções de didática geral e específica, de psicologia da aprendizagem e de legislação.
d) o docente, a fim de obter sucesso em sua tarefa, precisa assumir o papel de preceptor de seus alunos no processo de ensino e aprendizagem de sua disciplina.
e) o projeto pedagógico é, no fundo, um esforço de integração da escola num propósito educativo comum, a partir da identificação das práticas vigentes na situação institucional.
 

1 - C
 
2 - D
 
3 - C
 
4 - B
 
5 - D
 
6 - D
 
7 - B
 
8 - B
 
9 - E

Comentários

Boa noite Alex estou gostando muito das estratégias utilizadas para trabalhar a bibliografia da resolução. No entanto o simulado de Azanha não achei coerente com o conteúdo desenvolvido. Verifiquei que Anderson também sentiu a mesma coisa. Poderia esclarecer

comentado em: 06/08/2017

ola meninas também achei, muda somente os conceitos porem o ideal é o mesmo. Qualidade e quantidade. O ensino parece estar tão banalizado e sem qualidade que as vezes julgamos ate nossos próprios sistemas de ensino. bjs atds

comentado em: 10/06/2017

O Sistema de pontos adotado durante o período da mudança nos exames de admissão me parece uma tática bem semelhante ao atual bônus, já que alia um benefício a ser alcançado pelo professor/escola ao resultado esperado pela Secretaria da Educação.

comentado em: 27/11/2016

Olá Sheila, são bem parecidos mesmo, lembrando que o sistema de bonificação por resultados do Estado de São Paulo, foi uma política implantada copiando a ideia da prefeitura de Nova York, mas lá esta política já não existe mais, pois os resultados na educação não foram satisfatórios. Um abraço.

Alex respondido em: 01/03/2017